Mais um Outubro Rosa e me veio a pergunta: como abordar esse tema de uma maneira diferente?
Ouvimos falar tanto em auto-exame mas qual o pressuposto para o cuidado consigo? A resposta é: o amor-próprio. A gente não cuida daquilo que não ama. Ah, que tema delicado para nós mulheres, não é mesmo? E quando se trata do corpo então... Quantas mulheres evitam se olhar nuas no espelho? Quantas mulheres detestam aquilo que vêem, a ponto de se mutilarem ou inserirem em si corpos estranhos?
Não, isso não é uma crítica às que o fizeram. Mas é um convite carinhoso à reflexão.
Como propusemos em campanha recente, “amar nunca foi tão urgente”. E isso também quer dizer que se amar nunca foi tão urgente.
É como aquele aviso de avião: primeiro coloque a máscara em você, depois ajude as outras pessoas.
Pra abrir a roda de conversa, vou falar de mim mesma. Sou oriental e tenho seios bem pequenos. Por muito tempo tive um certo complexo com isso, sobretudo no que tangia à minha feminilidade. “Ah, claro que não serei tão atraente aos olhos do meu parceiro quanto uma mulher de seios fartos”.
Mas o tempo, ah como o tempo é sábio! Entendi que minha feminilidade está, sim, no meu corpo, mas também, talvez sobretudo, na atitude que tenho para com ele. E também nas minhas palavras, nos meus gestos, meus olhares.
Meus seios são pequenos, mas meu peito é enorme, quanta coisa, quanta atitude cabe dentro dele!
Me incomoda a sexualização peremptória que se faz dos seios. Eles são sim instrumentos de prazer erótico, mas antes de mais nada do meu próprio prazer e nisso, tamanho, nós sabemos, não é documento.
Minha relação com essa questão começou a mudar quando vivi na Europa. Uma vez estava na praia com uma turma de amigos e não quis entrar no mar porque não estava de bikini, ao que eles me responderam, com uma cara de espanto: entra de calcinha ué. Ela era tampada, poderia passar por um bikini. Hesitei, mas como sói acontecer, aceitei o desafio.
Tirei a roupa e lá fui. Ninguém olhou pros meus seios, não me senti um pedaço de carne como certamente me sentiria em outras paragens. Ah, como foi libertador!
Hoje uso pouquíssimo soutien, detesto tudo que me aperta e só faço concessões quando a diversão vale a pena.
Parar de olhar pros meus seios como algo de que tivesse que me envergonhar me fez gostar deles, com o tamanho e o formato que têm. E gostar de si é o primeiro passo pra cuidar de si.
Esse exercício de se olhar, e amar cada particularidade da nossa anatomia facilita o processo de se ver e conhecer qualquer mudança que esteja acontecendo no corpo. O câncer de mama é uma das doenças que mais atinge mulheres atualmente, mas a maioria dos casos tem cura quando descobertos nos estágios iniciais e são detectados a partir desse exercício.
Em resumo: é possível criar um cenário positivo, e nós vamos!
1. Em frente ao espelho
Para se fazer a observação em frente ao espelho deve-se retirar toda a roupa e observar seguindo o seguinte esquema:
Durante a observação é importante avaliar o tamanho, forma e cor das mamas, assim como inchaços, abaixamentos, saliências ou rugosidades. Caso existam alterações que não estavam presentes no exame anterior ou existam diferenças entre as mamas é recomendado consultar o ginecologista ou um mastologista.
A palpação de pé deve ser feita durante o banho com o corpo molhado e as mãos ensaboadas. Para isso deve-se:
A palpação deve ser feita com os dedos da mão juntos e esticados em movimentos circulares em toda a mama e de cima para baixo. Depois da palpação da mama, deve-se também pressionar os mamilos suavemente para observar se existe a saída de qualquer líquido.
Para se fazer a palpação deitada deve-se:
Estes passos devem ser repetidos na mama direita para terminar a avaliação das duas mamas. Caso seja possível sentir alterações que não estavam presentes no exame anterior é recomendado consultar o ginecologista para fazer exames diagnóstico e identificar o problema.
E ai? Vamos nos amar?
As cerâmicas lindíssimas da foto de capa são da @todasnosmarias. Crédito da foto: @henriquesmith
Continue readingA situação devastadora no Afeganistão gerou uma onda de desespero e raiva em todo o mundo, já que imagens desesperadas mostram milhares de pessoas tentando fugir da capital Capul , que caiu nas mãos do Taleban em 15 de agosto, após a retirada das tropas dos EUA do país.
Há temores em particular pelo destino das mulheres e meninas afegãs, que se preocupam com a redução das liberdades que podem enfrentar agora. As mulheres já foram mandadas para casa do trabalho, com as alunas também se despedindo dos seus professores , sem saber se poderão retornar à universidade. Também houve relatos chocantes que meninas de 12 anos estão sendo forçadas a se casar com combatentes do Taleban. Sob o regime do Taleban de 1996 a 2001, as meninas foram proibidas de ir à escola e as mulheres não puderam trabalhar. Em público, as mulheres também eram obrigadas a usar uma burca e sempre acompanhadas por um acompanhante masculino.
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Dada a complexidade e gravidade da situação, é fácil se sentir impotente agora. Aqui, reunimos sete instituições de caridade e organizações que trabalham no terreno para ajudar as pessoas afetadas pela crise no Afeganistão.
Ajuda Afegã
A Afghan Aid está fornecendo assistência emergencial onde necessário e apoiando famílias que perderam suas casas e meios de subsistência como resultado da situação em curso no Afeganistão, incluindo aqueles que fugiram de suas casas.
alívio islâmico
A Islamic Relief está enviando comida urgente para aqueles que foram deslocados como resultado do conflito em curso no Afeganistão.
Mulheres para mulheres afegãs
Women For Afghan Women é uma organização de direitos das mulheres que trabalha para fornecer abrigo seguro, ajuda e recursos para ajudar mulheres e meninas no Afeganistão.
Mãos muçulmanas
Muslim Hands lançou um apelo emergencial para ajudar milhares de pessoas que estão fugindo de suas casas no Afeganistão, fornecendo-lhes cestas básicas, cobertores e assistência médica.
Comitê Internacional de Resgate
O Comitê Internacional de Resgate também criou um fundo para ajudar a apoiar crianças e famílias afetadas pelo conflito em curso no Afeganistão.
Unicef
O Unicef lançou um apelo de emergência para ajudar a fornecer suprimentos essenciais para crianças e famílias vulneráveis no Afeganistão.
Médicos sem Fronteiras
Os Médicos Sem Fronteiras estão oferecendo atendimento médico urgente para as pessoas afetadas pelo conflito no Afeganistão
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